Cinco dramas recentes sobre perdas familiares

Alguns filmes são experiências para apenas uma vez. Dramas fortes, causam mal-estar e nem sempre são revisitados. São histórias sobre famílias, sobre perdas, sobre pais, mães, filhos e pessoas comuns tomadas por transtornos mentais, pela violência do outro ou simplesmente pela doença inevitável. Como vencer esses problemas? Todos os filmes da lista abaixo contam histórias sobre dores, e nem sempre mostram saídas.

Precisamos Falar Sobre Kevin, de Lynne Ramsay

A mãe interpretada de maneira brilhante por Tilda Swinton carrega o peso dos crimes do filho assassino. O ato brutal do rapaz talvez seja apenas uma forma de perseguir a mãe, deixar a ela a culpa de suas atrocidades. E ela tem de carregar o estorvo: limpar a sujeira dos protestos, encarar a sociedade e, pior, o próprio filho. Tem de viver.

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Alabama Monroe, de Felix van Groeningen

Com a morte da filha, a vida do casal ao centro, Elise (Veerle Baetens) e Didier (Johan Heldenbergh), toma outro rumo no belo filme de Groeningen. A narrativa intercala momentos de felicidade, do início desse amor, à recaída de ambos, enquanto o homem mostra ser cético, enquanto a mulher ainda acredita na espiritualidade.

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Amor, de Michael Haneke

No início do filme de Haneke, Georges (Jean-Louis Trintignant) e Anne (Emmanuelle Riva) estão em um teatro. Depois, terminam – para não mais sair – na clausura do apartamento de poucas luzes, local em que ela, doente, recebe os tratamentos do fiel companheiro. No entanto, a mulher “apaga”, aos poucos, enquanto ele assiste à dor.

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Elena, de Petra Costa

A diretora relata o drama da irmã, a atriz Elena, que foi para Nova York com o sonho de ser atriz de cinema. A história é contada de forma original, em documentário que traz recursos de ficção e mostra o poder da memória, de uma irmã tentando descobrir a outra ao passo que faz do filme – literalmente – um mergulho em águas difíceis de navegar.

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Tristeza e Alegria, de Nils Malmros

Lançado no Brasil em setembro de 2015, a obra de Malmros é sobre uma mulher que mata a própria filha, de apenas 9 meses. A tragédia é contada pelo ponto de vista do pai, que tenta entender os problemas da mulher enquanto faz uma revisão do passado: parte do dia em que a conheceu e chega ao momento em que é avisado do crime.

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